domingo, 26 de abril de 2009

Sexualidade

A fantasia no sexo ajuda? Todos nós sonhamos.







É verdade que desde cedo todos nós criamos a arte de fantasiar, e começamos sempre com imagens que prendem os nossos olhos. Desde pequenos, usamos a imaginação individual e a coletiva para transformar um jogo mais simples, por exemplo, em uma aventura maravilhosa. Porém, à medida que crescemos, nossas fantasias mudam e, geralmente, tornam-se mais sexuais. A essa altura, matemos um certo segredo ou discutimos determinados desejos com alguém em quem confiamos.

Durante a adolescência, as fantasias têm o papel útil. À medida que os jovens atingem a idade adulta, as fantasias podem ser uma maneira de testar escolhas e tomar decisões. Principalmente quando sonhamos com o primeiro contato sexual. Muito pelo quê, esses sonhos não são dirigidos para alguém inatingível – um astro ou estrela de tevê, cinema, um professor ou professora. Às vezes o adolescente imagina cenas em que ele próprio torna-se famoso e atrai o ser amado.

À medida que cresce a possibilidade de uma relação sexual, a maior parte dos adolescentes exercita mentalmente o que gostaria que acontecesse. Quase um terço de todos os jovens encena, na imaginação, seu primeiro ato sexual, muitas vezes bem antes que ele realmente ocorra. Se a tão esperada experiência não preenche as expectativas, a fantasia atua como uma válvula de escape, ajudando o orgulho ferido.



No caso dos adultos, o início das experiências amorosas, quando ainda estamos descobrindo muitas coisas sobre o sexo, e vibrando com tudo o que é novo, pode não haver lugar – ou necessidade para fantasias de nenhum tipo. Porém, em um relacionamento mais antigo, enquanto a afeição e o amor aumentam, a excitação sexual pode diminuir.



Se os parceiros sonham com um caso de amor imaginário – embora aceitando que é apenas uma fantasia -, ou mesmo visualizam seu próprio relacionamento em um contexto diferente e mais excitante, descobrem que olham para o parceiro com novo entusiasmo.

Casos de amor reais podem ser prejudicados porque um parceiro não teve a chance de fantasiar dentro do relacionamento. Por exemplo, um homem deseja ser afeminado e seduzido, mas se sente incapaz de falar sobre isso com a parceira. Às vezes, em situações extremas, ele chega até a ter uma experiência sexual com outra pessoa simplesmente para realizar tal fantasia.

De maneira idêntica, uma mulher pode iniciar um caso com outro homem porque tem, diga-se de passagem, uma fantasia sobre um parceiro que seja mais atencioso, decidido ou descontraído no contexto sexual.

Se fossem capazes de explicar ao parceiro o que os excita de verdade, possivelmente essas necessidades seriam atendidas na sua intimidade. Pois um casal precisa tentar se conscientizar das necessidades um do outro à medida que crescem juntos no relacionamento amoroso. Assim como criam uma nova vida no relacionamento, as fantasias auxiliam de muitas formas.